Resenha de discos
Spectral Evolution
Conhecer o percurso de Rafael Toral é mergulhar em 35 anos de música, composição e interpretação no rock, free jazz, eletrónica e ambiente. É silêncio e contemplação, ruído e desconforto. É conhecer em profundidade os caminhos e percursos a que o som nos pode conduzir.
Space Quartet | Last Set
Ouvir o disco dá-me a liberdade de andar para a frente e para trás, de captar aquele momento em que o Nuno Morão fez um apontamento importante que ao vivo me tinha passado despercebido. Sim, acreditem que o Nuno Morão ao vivo tem destas coisas. Dialoga tão bem que só nos discos me apercebo de coisas absolutamente incríveis. Um dos bateristas que mais gosto de ouvir ao vivo na cena da improvisação.
Twelve Bass Tunes | Hernâni Faustino
Entro em sequência, determinada que este disco a solo do Hernâni me irá fazer ficar rendida. E em madrigal desarma-me. O Hernâni é um músico incrível que faz com que consigamos sentir a profundida do seu contrabaixo e a intensidade das suas respirações.
Solo Acoustic Guitar Improvisations I | Dirk Serries
Solo Acoustic Guitar Improvisations I | Dirk Serries Podem ouvir e comprar aqui. Uma Höfner archtop guitar de 1957 nas mãos do Dirk Serries é de nos sentarmos e prestarmos […]
Monólogos a Dois | Gonçalo Almeida
Monólogos a Dois é o novo disco a solo do contrabaixista Gonçalo Almeida. Um LP (100 exemplares) editado pela New Wave of Jazz.
Vento | José Lencastre, Hernâni Faustino e Vasco Furtado
A Phonogram Unit apareceu e com ela o primeiro disco da editora intitulado Vento. Para quem conhece o José Lencastre, o Hernâni Faustino e o Vasco Furtado, só podia esperar que este disco fosse bom.
João Cabrita | Limited Edition Double Vinyl
Cabrita é doce, é quente, é swing e groove. Sim, Cabrita é isso tudo! E para as mentes que divagaram informo que me refiro ao disco. Quanto ao João irei ficar a saber mais, dia 7 de novembro, em direto no Covidarte.
West | Paulo Vicente
West é um disco fenomenal. É impossível não ficarmos imersos no mundo e na visão do Paulo Vicente. Kings Park mostra-nos que nem só de passarinhos vive o Homem.
Oni | Roji
Ou é, ou não é! Estranho seria se não fosse. Oni encaixa nos meus ouvidos no primeiro segundo. Entra de rompante, deixa-me rendida e faz-me automaticamente relembrar como é ouvir um disco em que Almeida e Schneider se encontram. Intenso desde o primeiro momento. Rock, jazz, improvisação.
Flow | Sphere²
Descobri a MiMi Records há pouco tempo. Sim, eu sei. Devia ter vergonha de dizer isto, mas não tenho. Mais vale tarde do que nunca. E, caramba (para não dizer outra coisa), estou rendida!
2 Chamadas Não Atendidas
Senta-te e tira o som ao telefone. 2 Chamadas não atendidas é para estar de olhos fechados e ouvir com atenção.
NoA | Evidentualmente
Entramos no disco devagar. No primeiro tema “Miss Q” os vocalizes e a batida fazem-nos fechar os olhos e em plena pandemia sentir o fresco de um gin a escorregar-nos pela garganta num anfiteatro numa noite quente de julho.
Derdeba
Se ākāśa foi o que foi, Derdeba é isso e muito mais!
Zen Burst é o início bem definido do disco. Sentes os quatro músicos presentes num ritual.
The Book of Spirals
“The Book of Spirals” conta-nos uma viagem. Viagem essa que começa de forma meio atribulada entre escadarias e vales.
Telectu – Belzebu – Live at Café Oto – 2019 (Vítor Rua & Ilda Teresa Castro)
Demoras exatamente 17 segundos desde o início do disco para começares a abanar a cabeça num loop de eletrónicas e guitarra que te agarram com uma força que te faz sentir cada músculo do teu corpo a reagir a estímulos sonoros repetitivos, imersivos e cheios de subtilezas.
ākāśa
Em tempos de isolamento podemos à distância criar proximidade. Em tempos de isolamento, com o carregar no botão rec, podemos aproximar-nos de diferentes formas de criação.
Live in Lisbon by Hilmar Jensson, Rafael Toral
Um disco com o Rafael Toral. O que mais será preciso dizer? É simples: tal como na culinária com os ingredientes certos e uma mão experiente o resultado só pode ser saboroso.
Robin Fox | Double Blind
O disco Double Blind do Robin Fox é simplesmente PERFEITO!
Criado para a coreógrafa Stephanie Lake é parte integrante um trabalho de dança contemporânea com o mesmo título.
Dafna Naphtali and Hans Tammen – Mechanique(s) Fenestrae
Fenestrae leva-me rapidamente para um cenário profundamente dark. Mas é a subjetividade de interpretações que faz deste disco um dos meus discos de eleição para 2019.
The Selva | Canícula Rosa
Que os The Selva têm de ser presença nos ouvidos de qualquer um de nós, não é novidade. Novidade é este ser, sem margem para dúvidas, o melhor disco do trio.
Ni | pantophobie
Nem só de rock e de metal vive o Homem mas a verdade é que o rock e o metal fazem muita falta!
Ni é simplesmente desconcertante!
A linha gráfica é espetacular e da autoria de Davor Vrankić. É mesmo de irem dar uma espreitadela no site do artista em questão.